sexta-feira, 15 de abril de 2016

Como o AZUSA NOW nos ajuda a manter viva a memória dos avivamentos

COMO O AZUSA NOW NOS AJUDA A MANTER VIVA A MEMÓRIA DOS AVIVAMENTOS
(Por Carol S. Bazzo)

Há muito o que se falar sobre o que é avivamento, as histórias dos avivamentos, despertamentos e movimentos. Há muito o que se conversar e definir sobre cada acontecimento em si. Há muito, inclusive, para se considerar sobre erros e exageros. Mas agora eu não quero falar sobre isso, eu quero falar sobre memória e a importância de se olhar para o passado.

Ontem, dia 09 de abril de 2016, foi mais um dia para ficar na memória. Milhares de pessoas das mais diversas nações estiveram em Los Angeles no Azusa Now. O evento realizado pelo The Call e presidido pelo, que eu chamaria de articulador profético, Lou Engle tinha o objetivo de, relembrando o Avivamento da Rua Azusa, fazer um apelo aos céus por um novo derramamento do Espírito em nosso tempo. O Azusa Now foi uma assembéia solene que clamou para que Deus cumpra a profecia de Joel 2, liberando um avivamento que empodere o seu povo para completar a grande comissão.

Pode-se dizer que o avivamento na Rua Azusa, apesar de não ser o início de fato das novas manifestações espirituais modernas (até porque houve muita coisa antes de Azusa – inclusive nos grandes despertamentos de John Wesley, Whitefield e Jonathan Edwards, assim como no final do século XIX)  foi um marco por revelar ao mundo a nova onda pentecostal e inaugurar em grande escala um novo mover do Espírito Santo sobre a terra. 

Azusa trouxe à tona, na alvorada do século XX, o batismo no Espírito Santo, o falar em outras línguas, as experiências sobrenaturais, cura física, emocional, profecia, cânticos espirituais e missões. Azusa também afetou a sociedade. A presença do Espírito Santo cessou a segregação racial, amenizou diferenças de classes sociais e deu espaço à mulher no ambiente eclesiástico.

Mas Azusa seria só o início das grandes ondas que tomariam a igreja no século XX. Depois de 1906, a igreja presenciou o levantar de diversos homens com dons de cura - Oral Roberts, Gordon Lindsay, Paul Cainn. No final da década de 40 uma nova onda surgia, ainda maior e diferente do que o Movimento Pentecostal. O Espírito Santo invadia, silenciosamente, as denominações tradicionais históricas com o testemunho de homens e mulheres batizados e cheios do Espírito Santo. O Movimento Carismático surgia com histórias emocionantes de líderes que conheceram o batismo no Espírito Santo e não abandonaram suas congregações mas a avivaram. Pastores, bispos, sacerdotes e empresários queimavam no fogo do Espírito. Até a Igreja Católica Romana surfou na onda.

Final da década de 60 o Espírito Santo parecia ter como alvo a geração jovem – hippies, drogados, universitários, roqueiros. O Jesus Movement foi fruto de jovens incendiados de amor por Jesus pregando para outros jovens nas ruas e o vento do Espírito Santo soprando arrependimento e fé. Milhares de jovens abandonaram as drogas e o “amor livre” e se entregaram a Jesus. Diversos deles se tornaram evangelistas ao redor do mundo, como foi o caso de Arthur Blessit.

Há muito o que se falar, mas para mim basta dizer que o século XX foi o século do Espírito Santo. Entre erros e acertos, caídas e levantadas, a igreja experimentou doses poderosas do poder de Deus sobre seu povo. Não há como contestar o fato de que tivemos uma colheita de almas no mundo. Deus operou.
Mas precisamos manter viva a memória, a tocha, do clamor por Avivamento. Se nasce uma geração que não conhece o que o Senhor fez no passado é nossa responsabilidade informá-la e lembrá-la dos gloriosos dias. A igreja nunca saberá do seu potencial diante do mundo se não souber dos dias de glória que já esteve sobre ela.

Quem viu o Azusa Now percebeu que o evento não foi apenas oração, jejum e clamor por avivamento, foi também um memorial. Estiveram lá grandes homens e líderes mundiais da história da igreja recente. Diante de Deus e de milhares de pessoas homens como Loren Cunningham, Paul Cainn, Matteo Calisi, Bill Johnson, Micke Bickle e muitos outros estiveram clamando por um novo romper na história. O fogo de desejo por ver o poder e glória de Deus operando em sua igreja e afetando o mundo permanece aceso.

Não podemos nos esquecer de que Ele já derramou seu Espírito em Pentecostes, derramou seu Espírito entre os morávios, despertou seu povo nas pregações de John Wesley, George Whitefield e Jonathan Edwards, já avivou o País de Gales, já apareceu de repente nas Ilhas Hébridas, já fez cair seu fogo na Rua Azusa e nos jovens hippies em São Francisco. Ela já invadiu universidades, igrejas históricas e bares. Não vamos nos esquecer porque Ele pode fazer de novo!

Nossas igrejas, nossas famílias e escolas precisam conhecer a história e manter viva a memória dos milagres que Deus já fez entre seu povo. Sinto uma urgência de criarmos uma cultura que busca e que está pronta para dar boas-vindas a um avivamento.

Todos aqueles homens e mulheres no palco em Los Angeles me fez relembrar de tudo que já aconteceu na história. Me fez relembrar das promessas e das profecias que pairam sobre a nossa geração. Fez um vento soprar sobre as brasas do meu coração e voltar a desejar por mais uma poderosa visitação. Me despertou e me fez pensar: “o que de grandioso e diferente, de tudo o que já vimos, o Senhor pode fazer hoje? ”. Vem Consolador!

“...ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, nem deis a ele descanso, até que...” Isaías 62:6,7.


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